ENFIM, O ANO NOVO INICIA
MARCOS ANTONIO ZORDAN, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC) As festas de fim de ano, as férias de janeiro, o carnaval em fevereiro. Na tradição da letargia e da indolência brasileira, o ano deve somente agora iniciar para valer. Todos os pretextos para procrastinar o enfrentamento da dura realidade que nos aguarda neste ano já precluíram, já perderam sua eficácia, já não valem mais. Qualquer que seja o setor de atuação profissional ou empresarial em que atuamos, há um oceano de problemas e um tsunami de incertezas a nos espreitar. A única exceção contempla aqueles que estão alojados na mastodôntica máquina do Estado brasileiro – seja na esfera federal, estadual ou municipal, seja no Executivo, no Legislativo ou no Judiciário, seja em empresas mistas ou públicas. Para quem está engastado no aparelho estatal não há crise, pois, em nenhuma circunstância, seus vencimentos ou seus privilégios são ameaçados. Essa é a grande diferença que distingue os brasileiros em dois grandes e diametralmente opostos estamentos da sociedade: os que trabalham no Estado e aqueles que trabalham para sustentar o Estado. Essa dicotomia eclode com toda sua injusta conformação quando colocamos sob a lupa do exame imparcial a situação dos aposentados do setor privado e os aposentados do setor público. Os apaniguados do setor público se aposentam com vencimentos que chegam a 23 vezes o que ganham os trabalhadores e profissionais liberais e mantêm seu poder de compra, pois as aposentadorias e pensões acompanham os valores do pessoal da ativa. Basta ver o déficit da Previdência do setor público para compreender a extensão dessa injustiça. A sociedade brasileira está, paulatinamente, tomando consciência dessa realidade e dos custos que acarreta para os pagadores de impostos. Aqui fora, no mundo real da atividade privada, o ano se descortina com todas as dificuldades, os desafios e as ameaças gerados pela incompetência, pelo amadorismo e pela irresponsabilidade da administração pública federal. A volta do processo inflacionário, o crescente desemprego, a queda na atividade econômica e outras mazelas desse desolador cenário são frutos malditos – mas todos previsíveis e anunciados – da má gestão macroeconômica do Brasil nesses últimos anos. É público e notório como chegamos a esse estágio. O importante, agora, é definir como iremos superá-lo. Estou convicto de que o cooperativismo é o caminho. Em todas as atividades econômicas lícitas e regulares ou já existem cooperativas em funcionamento, ou podem (e devem) ser constituídas. Em todos os segmentos surgem cooperativas para reunir talentos (trabalhadores, profissionais universitários, produtores rurais, pequenos empreendedores etc) e viabilizar empreendimentos capazes de gerar trabalho, renda e qualidade de vida para as famílias brasileiras. Basta ter iniciativa e adotar os princípios universais do cooperativismo. A Ocesc e o Sescoop estão aí para apoiar qualquer iniciativa nessa área.
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