BRASIL JÁ PODE EXPORTAR SÊMEN BOVINO PARA ISRAEL
Abertura do mercado é resultado de negociação entre o Mapa e o Ministério da Agricultura israelense O governo de Israel aceitou a proposta de certificado veterinário que estava em negociação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com a decisão, o Brasil poderá exportar sêmen bovino congelado para aquele mercado. O comunicado do governo israelense foi enviado pelo Serviço de Quarentena do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Israel ao Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa. A abertura do mercado israelense para o sêmen bovino congelado do Brasil é resultado da atuação do Mapa em parceria com o setor produtivo, especialmente com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e com a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ). De acordo com o DSA, as duas entidades vêm desenvolvendo ações conjuntas para ampliar a participação do Brasil no comércio mundial de genética bovina. Hoje, o Brasil está em 20º lugar no ranking global de exportação desse tipo de material. Em 2015, o Brasil exportou sêmen bovino para Argentina, Bolívia, Colômbia, Congo, Costa Rica, Equador, Quênia, Panamá, Paraguai, Peru, Emirados Árabes, Uruguai e Tanzânia. As vendas totalizaram cerca de US$ 1,4 milhão. Apenas este ano, o DSA já enviou aos potenciais parceiros comerciais de material genético mais de 60 propostas de certificados veterinários para exportação de embriões e sêmen bovino. Do total, nove foram aceitas, o que permite a exportação desses produtos. Além da abertura do mercado israelense para sêmen bovino, nos últimos meses também foram autorizadas as exportações brasileiras de embriões “in vitro” para o Paraguai e para a Bolívia. O Brasil, avalia o DSA, tem grande potencial de crescimento no segmento. Entre os vários fatores que contribuem para isso, os técnicos da Departamento de Saúde Animal destacam três: os avanços obtidos na última década na implementação do programas sanitários, em especial a ampliação das áreas consideradas livres de febre aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE); ter centrais de coleta e processamento de sêmen bovino com alto nível de tecnificação e de biosseguridade; e dispor de bovinos de origem zebuína e taurina capazes de serem melhoradores de rebanhos voltados a produção de carnes e leite.
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