ACIONISTAS DA BRF ELEGEM PEDRO PARENTE COMO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Parente permanecerá na presidência da Petrobras e informou que após confirmação na BRF iria deixar o conselho de administração da B3
Acionistas da BRF elegeram, no dia 27 de abril, Pedro Parente ao cargo de presidente do conselho de administração da empresa, em substituição a Abilio Diniz, como parte de uma ampla reestruturação organizacional visando a recuperação da companhia depois que uma investigação sobre a segurança dos alimentos causou o fechamento de unidades e a proibição dos embarques.
Por maioria de votos, os acionistas elegeram também Augusto Marques da Cruz Filho para o cargo de vice-presidente do conselho.
Parente, que foi indicado pelo empresário Abilio Diniz, atual presidente do conselho da BRF, já havia informado que, se confirmado na BRF, permaneceria na estatal petroleira, mas deixaria o conselho de administração da B3.
A eleição de Parente aconteceu após acordo fechado entre os principais acionistas, os fundos Previ, Petros, a gestora Tarpon e o empresário Abilio Diniz. Juntos, eles detêm 32,8% das ações da BRF, maior exportadora mundial de frango e dona das marcas Sadia e Perdigão.
Também foram eleitos para o conselho da BRF para um mandato de 2 anos os seguintes nomes: Francisco Petros Oliveira Lima Papathanasiadis, Walter Malieni Jr., Flávia Buarque de Almeida, Roberto Rodrigues, José Luiz Osório, Roberto Antonio Mendes, Dan Ioschpe e Luiz Fernando Furlan.
A eleição do novo conselho foi realizada pelo sistema de voto múltiplo após questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) relacionado à mudança do modelo de votação na véspera. Na quarta-feira, a BRF disse que a eleição seria por meio de chapa, depois que o acionista Aberdeen Asset Management retirou o próprio pedido para a adoção de processo de voto múltiplo na votação.
As ações da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, fecharam em alta 0,58%, a R$ 25,97, na bolsa brasileira, onde o Ibovespa encerrou com acréscimo de 1,57%. Em 2018, entretanto, os papéis da companhia acumulam perda de 29%, após recuo de mais de 24% em 2017.
Na assembleia foi aprovada ainda o limite de até R$ 86,8 milhões para a remuneração total para os membros do Conselho de Administração e da diretoria executiva da BRF no exercício de 2018.
Entenda a mudança
A mudança no conselho da BRF é resultado do descontentamento de acionistas da companhia, entre eles os fundos de pensão Petros e Previ, em meio à miríade de adversidades que a empresa vem enfrentando, incluindo prejuízos nos últimos dois anos e citação em investigações sobre fraudes sanitárias.
A BRF teve recentemente 12 unidades fabris proibidas de exportar de carne de frango para a União Europeia, um de seus principais mercados, após o bloco de países ter levantado suspeitas sobre a qualidade de produtos brasileiros, como consequência do escândalo da Carne Fraca.
Desde a semana passada, quando os principais acionistas da BRF manifestaram apoio ao nome de Parente, as ações da companhia acumulam alta de cerca de 23%. A avaliação do mercado é que e a escolha de Pedro Parente ajudará a pacificar entreveros entre grandes sócios, mas esperar que o executivo seja o motor para colocar a maior exportadora de carne de frango do mundo de volta nos trilhos pode ser uma aposta exagerada, destacam analistas ouvidos pela Reuters.
O foco agora deve ficar voltado para potenciais candidatos a ocupar a presidência-executiva da companhia após a renúncia de José Aurélio Drummond Jr. O cargo é atualmente ocupado interinamente pelo diretor financeiro e de relações com investidores da BRF, Lorival Nogueira Luz Jr.
"Nós achamos que o mercado deve receber bem alguém com forte histórico no setor ou um presidente-executivo com experiência em gerenciamento de guinadas", escreveram o analista Ian Luketic e equipe, do JPMorgan, em nota a clientes na ocasião da saída de Drummond Jr.
Dona das marcas Sadia e Perdigão, a BRF é a maior exportadora de carne de frango do mundo, com vendas em cerca de 150 países. Possui mais de 50 fábricas em oito países e cerca de 100 mil funcionários.
No Brasil, a empresa mantém 35 unidades produtivas e 20 centros de distribuição. Em 2017, a companhia teve um prejuízo de R$ 1,1 bilhão, impactada pela operação Carne Fraca, deflagrada em março do ano passado. Em 2016, a empresa também teve prejuízo, ainda que menor, após anos seguidos de bons resultados. Em 2015, a companhia havia lucrado R$ 3,1 bilhões.
*Fonte: Reuters, G1
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