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BRF e Marfrig anunciam desistência de fusão. Sem consenso na ‘governança da sociedade’. Possível acordo foi divulgado em maio.

BRF e Marfrig anunciam desistência de fusão. Sem consenso na ‘governança da sociedade’. Possível acordo foi divulgado em maio.


Criado: 16 Julho 2019 | Atualizado: 16 Julho 2019
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A BRF, conglomerado alimentício dono de empresas como Sadia e Perdigão, e a Marfrig (dona de marcas de carnes como Bassi e Montana) anunciaram que desistiram de uma possível fusão.

As duas empresas interromperam as negociações pois não chegaram a 1“consenso em relação à governança da sociedade que resultaria de uma eventual implementação da operação”, disse a Marfrig em fato relevante–informe de uma marca presente no mercado financeiro sobre 1 movimento que afete as ações– .

A BRF também divulgou nota explicando o fim da relação, que perdurava desde maio, quando as companhias anunciaram o possível negócio.

Nela, a gigante alimentícia afirmou que “apesar do término das tratativas para a combinação de seus negócios, o relacionamento comercial entre a companhia e Marfrig permanecerá inalterado e não haverá quaisquer modificações nas práticas, condições e termos previstos em contratos por elas celebrados”.

Pelo acordo inicial, os acionistas da BRF ficariam com 84,98% da nova empresa, enquanto os da Marfrig teriam 15,02%. Juntas, as duas somariam cerca de R$ 28 bilhões em valor de mercado e mais de R$ 76 bilhões em faturamento anual.

FUSÃO ESTAVA ENCAMINHADA

Em 30 de maio, a BRF e a Marfrig anunciaram a possibilidade de fusão. A divulgação foi feita poucos dias depois de o então CEO da BRF, Pedro Parente, ter deixado o cargo para assumir a função de Chairman do futuro grupo.

Parente foi presidente da Petrobras. Comandou a empresa, inclusive, durante a greve dos caminhoneiros no governo Temer.

À época, a união das operações das empresas foi anunciada por meio de 1 fato relevante divulgado pela BRF. Eis a íntegra do informativo.

“No âmbito dessa análise, a companhia e Marfrig deverão avaliar, junto aos seus respectivos assessores financeiros, legais, contábeis e outros, os efetivos benefícios econômicos que possam advir de eventual transação, e, ainda, a estrutura societária mais eficiente a ser adotada”, afirmava o documento da BRF.

O acordo abriria espaço para a atuação da empresa no mercado norte-americano, onde a Marfrig opera por meio da subsidiária National Beef. Além disso, expande a área de comercialização da futura gigante do mercado, que venderá aves, suínos e bovinos.

“A companhia também espera que a transação reduza a exposição aos riscos setoriais e gere sinergias, em virtude do equilíbrio e complementariedade de produtos, serviços e diversificação geográfica com relevância no Brasil, Estados Unidos, América Latina, Oriente Médio e Ásia”, disse a BRF.


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