comercial@revistafrigonews.com.br
AÇÕES DE FRIGORÍFICOS ADOTAM SENTIDOS OPOSTOS DEPOIS DA CHINA E QUATRO PAÍSES RETIRAREM EMBARGOS

AÇÕES DE FRIGORÍFICOS ADOTAM SENTIDOS OPOSTOS DEPOIS DA CHINA E QUATRO PAÍSES RETIRAREM EMBARGOS


Criado: 24 Julho 2023 | Atualizado: 24 Julho 2023
Tamanho da fonte
pequena
normal
grande
Versão para impressão
imprimir

As ações de frigoríficos encerraram no final de semana em sentido opostos depois da China e quatro países retirarem embargos em relação à carne bovina.
No dia, os papéis da BRF lideraram as altas do Ibovespa, principal índice acionário da B3, com ganhos de 11,35%, cotada a R$ 6,18, ajuste após queda de 9,61% no pregão anterior. A Marfrig avançou 3,61%, negociada a R$ 6,60 e a Minerva 0,61%, a R$ 11,52. Já a JBS caiu 0,66%, a R$ 18,11.
O Ministério das Relações Exteriores informou que, além da China, quatro países que haviam interrompido as compras da carne bovina brasileira já retiraram os embargos. A diplomacia, no entanto, não informou quais são os mercados. Em nota, destacou que seis países continuam bloqueados momentaneamente: Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia.
Em nota divulgada na noite desta quinta-feira, o Itamaraty disse que tem atuado para evitar fechamentos indevidos de mercados para a carne bovina brasileira desde o anúncio do caso atípico de vaca louca, em fevereiro, no Pará.
"O Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio de sua rede de embaixadas, vem atuando desde o anúncio do caso de EEB para evitar fechamentos indevidos de mercados. Por meio de monitoramento ativo, o MRE detectou riscos de fechamento em 15 países. Em quatro casos foi possível evitar o fechamento do mercado e em outros cinco, contando a China, os mercados foram momentaneamente fechados, mas já reabertos", diz a nota. "Os esforços continuam com vistas à reabertura dos 6 mercados remanescentes – Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia", completou.
O Itamaraty informou que o governo brasileiro recebeu "com satisfação" a notícia da reabertura do mercado da China para a carne bovina brasileira, anunciada na quinta-feira. O ministério disse que a reabertura do mercado chinês ocorreu após "intensas gestões diplomáticas, seguidas da visita do ministro da Agricultura e Pecuária [Carlos Fávaro] à China".
Retomada imediata
A Minerva confirmou ter sido notificada pela Administração-Geral de Alfândegas do país (GACC, na sigla em inglês) para a “retomada irrestrita das exportações de carne bovina do Brasil para a China”.
A retomada das operações de abate e produção de carne bovina, dedicada ao mercado chinês, tem início imediato, continuou a empresa.
“Considerando as nossas plantas estrategicamente diversificadas na América do Sul, nossa exposição para o mercado chinês alcança sete unidades produtivas com capacidade de abate de aproximadamente 10 mil cabeças de gado/dia, sendo três plantas no Brasil, três plantas no Uruguai e uma na Argentina.”
Assim como a Minerva, a Marfrig Global Foods também comunicou ao mercado que vai retomar suas atividades e está habilitada para vender carne bovina brasileira à China.
Em seu texto, a Marfrig afirma ser a empresa com maior número de plantas habilitadas para a China da América do Sul, com 13 plantas, sendo que o Brasil possui sete habilitações, seguido do Uruguai, com quatro, e Argentina, com 2 habilitações.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) avaliou que os embarques brasileiros para a China deverão ser normalizados nos próximos dias após a oficialização da reabertura do mercado, anunciada nesta quinta-feira, em Pequim.
"A Abiec avalia que os embarques devem ser normalizados nos próximos dias e aproveita para reforçar que o episódio demonstra, mais uma vez, a segurança sanitária da carne bovina brasileira e atesta para todos os mercados a transparência e eficiência da cadeia produtiva da carne brasileira", disse em nota.
A entidade também confirmou a habilitação de quatro novas plantas para exportar a proteína para o país asiático. A China deu aval para as exportações do Frigorífico Astra (SIF 1251), de Cruzeiro d'Oeste (PR), da planta da Frisa (SIF 506) em Colatina (ES), da unidade da JBS (SIF 4333) em Vilhena (RO) e o Frigorífico Irmãos Gonçalves (SIF 2443), de Jaru (RO). A habilitação tem validade inicial de cinco anos, até 23 de março de 2028.
Os quatro frigoríficos brasileiros habilitados nesta quinta-feira para exportar carne bovina à China fazem parte da primeira lista enviada por Brasília às autoridades chinesas, ainda em 2021.
Havia um temor entre os empresários do setor de que essas listas não fossem mais consideradas nas negociações e que estabelecimentos aptos há mais tempo para acessar o mercado chinês perdessem o "lugar na fila" para outras companhias.
Ao todo, o Brasil enviou quatro listas à China em 2021, com 79 estabelecimentos que já cumpriam os requisitos chineses para habilitação. Antes da viagem a Pequim, o governo brasileiro repassou informações de 83 frigoríficos que pleiteiam a autorização para iniciar os embarques das três proteínas: bovina, suína e de frango.

Fonte: Valor


Avaliação

Deixe sua avaliação
AÇÕES DE FRIGORÍFICOS ADOTAM SENTIDOS OPOSTOS DEPOIS DA CHINA E QUATRO PAÍSES RETIRAREM EMBARGOS
Comentários
0
Deixe seu comentário

Comentários

Faça parte da notícia, deixe seu comentário, expresse sua opinião.
E-mail protegido, também não gostamos de SPAM
Sua mensagem foi enviada com sucesso!
Compartilhar